GDS, sigla do inglês Global Distribution Systems, identifica aqueles sistemas operados por agências de viagem para identificar disponibilidade, fazer reservas e comprar serviços de cias. aéreas, meios de hospedagem e locadoras de carros.
O Amadeus é um dos mais importantes destes, e a empresa que o opera publica regularmente estudos sobre o setor com o objetivo de se antecipar às mudanças e inovar, como também para orientar seus clientes sobre tendências do mercado.
Recentemente realizou um estudo de futurologia para entender como serão os serviços e o acesso a mercados dos hotéis. Este estudo foi chamado de Hotéis 2020: Além da Segmentação - Estratégias para crescer em uma era de personalização e mudanças em escala global. Logo no prefácio da publicação, o diretor de tecnologia de informação para hotéis do Amadeus diz que entender o consumidor é a estratégia mais importante para os hotéis no mundo de hoje. E ainda que três palavras definem os hóspedes hoje e continuarão a definir no futuro: único, conectado e informado.
"Além da segmentação" significa que os hotéis devem aumentar a capacidade de flexibilização e presonalização, de forma que os serviços não sejam apenas e tão somente adequados a determinados segmentos de mercado, mas que os serviços seja oferecidos ao hóspede de maneira que ele possa fazer escolhas sobre praticamente todos os aspectos da experiência que terá pela frente.
A ampla flexibilização e personalização dos serviços ainda parece longe de acontecer nos pequenos meios de hospedagem brasileiros, mas já há exemplos interessantes que podem mostrar o caminho das pedras. Aqueles que tiveram oportunidade de ver a palestra de Nilo Burgareli no CONOTEL deste ano, observaram, que na Pousada do Toque em Alagoas, o hóspede, escolhe, por exemplo, que horas quer tomar seu café da manhã, qual prato deseja comer no almoço, e se deseja ele mesmo utilizar o Espaço Gourmet para prepará-lo.
A pousada oferece ainda diferentes tamanhos de quarto, exemplo incluido pelo estudo, junto com outras personalizações como os níveis de qualidade de serviço que esperam os hóspedes, tipo de decoração e móveis, equipamentos eletrônicos disponíveis, opções de amenidades, comidas e bebidas.
Segundo o estudo, irão sobreviver e prosperar, somente os meios de hospedagem que forem capazes, num mercado em crescente incerteza e turbulência, de entender com profundidade os aspectos que dizem respeito a diversidade e a constante mudança por que passam os mercados consumidores em termos geográficos, financeiros, de geração e de atitude.
Este entendimento deverá passar, necessariamente, pela implementação de um processo inovador com uma abordagem aberta, colaborativa e experimental, que permita que o hotel, cada vez mais, adote boas práticas de negócios de outros setores da economia e passe a integrar hóspedes e parceiros em seu processo de inovação.
Outro ponto destacado pelo estudo é o de que os meios de hospedagem devem se ver, cada vez mais, como laboratórios de experimentação, na qual cada interação com os hóspedes passa a ser uma potencial fonte de feedback e novas idéias.
O estudo continua com avaliações sobre tendências, mercados emergentes, tecnologias, oportunidades e implicações destas tendências e uma série de outras questões bastante interessantes.
Caso queira ter acesso ao estudo na íntegra (em inglês) clique aqui.
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