quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Melhores práticas - política social

Como sugere a foto e confirma o título, vamos tratar hoje sobre as melhores práticas em sustentabilidade em termos do trabalho de pequenos meios de hospedagem em projetos e ações sociais que envolvam o destino em que estão instlados.

Diferentemente dos posts anteriores desta série, vamos hoje começar pelos exemplos dos ecolodges da Costa Rica e do Quênia que temos utilizado como referência. Faremos isso, em função de que em termos da política social eles nos pareceram ainda mais à frente do seu tempo e engajados, portanto merecem ainda mais destaque.

MELHORES PRÁTICAS NA PRÁTICA

Finca Rosa Blanca Country Inn em Santa Bárbara de Heredia na Costa Rica, um dos dois primeiros integrantes do seleto grupo de meios de hospedagem a atingir o mais alto nível de certificação em turismo sustentável no país, chamado de “cinco folhas”.

1. Publicou mapas e brochuras bilingues para visitantes do Parque Nacional Barva Volcano
2. Financiou linhas telefônicas para administração do parque.
3. Promove tours educacionais no empreendimento gratuitos para população local.
4. Dá descontos para população local na hospedagem.
5. Proprietários e equipe do empreendimento estão envolvidos em organizações locais que trabalham com conservação ambiental.
6. Glenn Jampol, um dos proprietários, é um ativo participante do programa de certificação da Costa Rica, é membro do conselho de diretor da Câmara Nacional de Ecoturismo - CANAECO (ONG que reúne pessoas e empresas ligadas ao setor de ecoturismo da Costa Rica) e da International Ecotourism Society - TIES. Além disso, ajudou a promover técnicas de sustentabilidade ambiental para outros ecolodges costarriquenhos .

Campi ya Kanzi no Quênia, operado em sociedade por um casal de italianos e um grupo Maasai

1. Promove programas educacionais sobre mínimos impactos no ecossistema e na vida selvagem nas comunidades maasai e em escolas da região.
2. Apóia projetos gerenciados pelas comunidades maasai que buscam revitalizar o artesanato, tradições e costumes, e em conseqüência o orgulho étnico, especialmente entre os jovens.
3. Financia no Wilderness Conservation Trust (uma ONG que trabalha para conservar os ecossistemas e a biodiversidade do leste da África) o emprego de seniores maasai no ensino das tradições e costumes tradicionais.
4. Oferece bolsas de estudo para educação em nível médio.

RELACIONAMENTO COM A COMUNIDADE LOCAL
1. Estabeleça um relacionamento harmonioso na utilização de atrativos naturais com a comunidade local.
2. Evite desenvolver projetos sem discuti-los com os representantes da comunidade.
3. Tome o tempo que for necessário para estabelecer canais de comunicação abertos e contatos regualres com os lideres comunitários.
4. Estabeleça trocas favoráveis para os dois lados em uma negociação.

EQUIPE
1. Estabeleça treinamento para sua equipe durante o trabalho (on the job), mas também em momentos específicos
2. Estimule que eles façam o mesmo entre si.
3. Estabeleça um programa de contratação de estagiários.

HÓSPEDES
1. Dê oportunidade a seus hóspedes para ajudar a financiar projetos de interesse da comunidade local e/ou de conservação ambiental, por meio de taxas voluntárias.
2. Estimule seus hóspedes a comprar artesanato e produtos locais e que promovam atividades tradicionais da região.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UCs)
1. Estabeleça relacionamento com gerentes de UCs importantes para o seu destino.
2. Participe das reuniões dos conselhos das UCs importantes para o seu destino.
3. Envolva proprietários de PMHs e de outros empreendimentos turísticos no financiamento de equipamentos e infra-estruturas para qualificar as UCs.
4. Seja voluntário em atividades de planejamento, estudo e treinamento que envolva as UCs.

PRODUTOS E INSUMOS
1. Compre produtos alimentícios e amenidades de empreendimentos que trabalham com comércio justo.
2. Compre gêneros alimentícios orgânicos de produtores locais.


FONTE: Este artigo utilizou como fontes “as soluções sustentáveis para hotéis verdes” do sítio eletrônico Global Stewards, critérios de um selo de classificação de hotéis utilizado principalmente por norte americanos e canadenses (Green Key Ecorating Program); um estudo do Banco Mundial que explora as oportunidades para implantação e operação de ecolodge;  e ainda um estudo da Sociedade Internacional para o Ecoturismo (The International Ecotourism society) intitulado Diretrizes Internacionais para Ecolodges.


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