Como sugere a foto e confirma o título, vamos tratar hoje sobre as melhores práticas em sustentabilidade em termos de impactos econômicos positivos que podem ser alcançados por pequenos meios de hospedagem nas comunidades e nos destinos em que estão instalados.
Estes impactos somente poderão ser alcançados se o negócio for lucrativo, portanto as dicas irão também tratar de questões gerenciais do empreendimento.
MARKETING
1. Desenvolva um plano de negócios se ainda não o fez, mesmo se o empreendimento já tem anos de funcionamento.
2. Analise os empreendimentos de seus concorrentes e aprenda com eles.
3. Analise projeções financeiras com base em números realizados em períodos anteriores.
EQUIPE
1. Estabeleça metas financeiras concretas (faturamento, % de ocupação em baixa e alta temporada, etc.) e premiações claras (dias de folga, participação nos lucros) para sua equipe.
2. Discuta com a equipe sobre os riscos do empreendimento e recolha idéias para aumentar a taxa de ocupação, diminuir custos, melhorar o plano de marketing, etc.
3. Treine figuras destacadas de sua equipe para ocupar posições gerenciais no futuro, inclusive aquelas posições consideradas de confiança.
HÓSPEDES
1. Dê oportunidade a seus hóspedes para ajudar a financiar projetos de interesse da comunidade local e/ou de conservação ambiental, por meio de taxas voluntárias.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
1. Desenvolva um melhor entendimento sobre o que determina sua lucratividade, inclusive estabelecendo cruzamentos de séries de variáveis (política de preços, tamanho da equipe, número de UHs, sazonalidade, taxas de financiamentos e empréstimos, etc.).
2. Determine uma consistência real a seus relatórios financeiros.
3. Inclua custos e benefícios ambientais e sociais em sua contabilidade.
MONITORAMENTO
1. Monitore o balanço entre o a porcentagem de locais e não locais em sua equipe.
2. Monitore o balanço entre o volume de serviços e produtos que você compra de fornecedores locais e não locais.
3. Avalie o custo / benefício em trocar fornecedores não locais por locais.
4. Crie um sistema de monitoramento da satisfação de seus hóspedes.
MELHORES PRÁTICAS NA PRÁTICA
Rainforest Expeditions na amazônia peruana, construido e gerenciado em parceria entre empresa privada e comunidade indígena.
1. Equipe participa em todos os processos decisórios e estão envolvidos na responsabilidade de garantir os resultados econômicos do negócio.
2. A utilização de promoções por mérito transparentes levou a uma "escalada" continua de funcionários para posições gerenciais.
3. Planejamento e investimento em treinamento é considerável e levou ao aumento da competitividade do negócio.
Finca Rosa Blanca Country Inn em Santa Bárbara de Heredia na Costa Rica, um dos dois primeiros integrantes do seleto grupo de meios de hospedagem a atingir o mais alto nível de certificação em turismo sustentável no país, chamado de “cinco folhas”.
1. Doa 5% do faturamento do restaurante para projetos das comunidades locais.
2. Praticamente toda as posições, incluindo as gerenciais, são ocupadas por moradores das comunidades locais.
3. Se esforça proativamente para comprar produtos locais.
Campi ya Kanzi no Quênia, operado em sociedade por um casal de italianos e um grupo Maasai
1. À exceção do casal de gestores todos o restante da equipe é local.
2. Funcionários são treinados especificamente para as posições que irão ocupar e se beneficiam diretamente das receitas do empreendimento.
3. Cobra uma taxa de U$ 30,00 por hóspede por dia destinado a apoiar uma variedade de projetos, como bolsas estudantis, pagamento de salários de professores, ajudam a financiar tratamentos médicos.
4. Além da taxa cobrada dos hóspedes, paga ainda uma taxa para o uso das áreas selvagens nas atividades ecoturísticas.
5. Monitora o impacto das compras de produtos locais que faz regularmente.
FONTE: Este artigo utilizou como fontes “as soluções sustentáveis para hotéis verdes” do sítio eletrônico Global Stewards, critérios de um selo de classificação de hotéis utilizado principalmente por norte americanos e canadenses (Green Key Ecorating Program); um estudo do Banco Mundial que explora as oportunidades para implantação e operação de ecolodge; e ainda um estudo da Sociedade Internacional para o Ecoturismo (The International Ecotourism society) intitulado The Business of Ecolodges.
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