segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Semana da Competitividade - O Diferencial Competitivo


Os dois vetores estratégicos principais do Programa de Qualificação de Pequenos Meios de Hospedagem são a sustentabilidade e a competitividade. Na semana que passou, postamos uma série de artigos sobre sustentabilidade. Nessa semana, vamos portanto tratar da gestão da competitividade.

Segundo o norte-americano John Nesheim, especialista em competitividade, desenvolver diferencial competitivo é um processo que se sustenta em três fundamentos principais:
1. terceirizar todas as atividades em que você não é bom;
2. concentrar-se nas atividades que possam ser diferenciadas;
3. buscar uma característica única e consistente que não possa ser copiada.

Além destes há ainda outros elementos que podem ser conjugados de acordo com as características do negócio e do mercado. Vamos listar alguns destes elementos, porém não exatamente tal qual descreve Nesheim em seu livro Diferencial Competitivo, mas customizando os conceitos para o mercado de pequenos meios de hospedagem.

Clientes: nós os conhecemos e sabemos quais são suas necessidades
Seus concorrentes podem ter sido superficiais na pesquisa sobre o mercado e os clientes potenciais. Você fará o contrario, no sentido de estabelecer uma relação intima e pessoal com eles, levando sua equipe a descobrir e antecipar o que seus clientes desejam e desenvolvendo seus talentos para liderá-los a usar o conhecimento sobre os clientes para alcançar sucesso.

Concorrência: conheça seus pontos fracos e fortes
Embora seja complicado converter o conhecimento sobre a concorrência em diferencial competitivo, especialmente para empresários de primeira viagem, é importante fazer análises sobre o comportamento e as inovações de seus concorrentes. Mais do que disso, é preciso compreender que seus concorrentes não são apenas seus vizinhos. Hoje há uma competição em nível internacional entre os destinos, porque um turista estrangeiro pode optar por visitar o Brasil ou a Tailândia à distancia de alguns cliques, assim como um turista brasileiro pode escolher entre Alagoas ou Ceará, ou um turista alagoano entre São Miguel dos Milagres, portanto estude outros pequenos meios de hospedagem de todas as partes do mundo e você agregará um elemento importante a seus diferencial competitivo.

Parceiros estratégicos: escolha para ter poder
Operadores de receptivo, operadoras e agências emissivas, entre outros parceiros locais, regionais, nacionais ou internacionais podem fazer parte do seu diferencial competitivo e não precisam ser as maiores empresas, mas aquelas que possuem um negócio capaz de agregar valor aos seus serviços e produtos. Estabelecer acordos com operadoras e agências emissivas, por exemplo, pode ser uma excelente ferramenta para de aumentar sua capacidade de vendas. Acordos com operadores de receptivo de outro lado aumentarão sua capacidade de oferecer uma experiência mais completa a seus hóspedes.

Estratégia: conquistas inteligentes
Uma estratégia inteligente é um elemento fundamental do diferencial competitivo, portanto planeje, mude, modifique, simule e emule. Passe a se portar como um estrategista militar executando as manobras planejadas de acordo com os movimentos de seus concorrentes, mas sobretudo antecipando-se a eles.

Cultura: ótimo lugar para trabalhar
Pode ser até que você seja pioneiro no destino e portanto tenha um diferencial competitivo considerável, mas não se iluda, outros pequenos meios de hospedagem vão se instalar no seu destino, e se você estiver fazendo bastante sucesso eles vão te copiar. Portanto saiba como atrair e reter pessoas de talento para manter e desenvolver seu diferencial competitivo, fazendo recrutamentos você mesmo e ajudando sua equipe gerencial a identificar pessoas de valor e contratá-las, tendo em mente que a cultura da empresa atrairá ou rejeitará funcionários mais do que o dinheiro.

Remuneração da equipe: mais do que dinheiro
As pessoas precisam que seu trabalho seja reconhecido, portanto desenvolva maneiras de recompensar e valorizar sua equipe por meio de formas inovadoras que não sejam tão caras ou complexas de gerenciar de maneira que isso se transforme em um incentivo psicológico forte e seja enxergado por sua equipe e por outras pessoas talentosas - que podem vir a fazer parte da equipe – como parte da cultura da empresa.

FONTE: este artigo utilizou conceitos e sentenças do livro Diferencial Competitivo de John L. Nesheim, da Editora Best Seller , publicado no Rio de Janeiro em 2007.

 

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